quarta-feira, 19 de março de 2014

NISA: Projecto de Requalificação da Urbanização da Cevadeira


A Câmara de Nisa e a Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Graça promoveram no dia 23 de Julho, uma sessão pública para apresentação do projecto de Requalificação Urbana do Bairro da Cevadeira, na qual participaram eleitos da Câmara e da Junta de Freguesia e técnicos do Gabinete Técnico da autarquia que elaboraram o projecto.
O projecto tem como principal objectivo a requalificação da urbanização da Cevadeira, prevendo-se a definição de passeios e zonas de estacionamentos, assim como a definição áreas de logradouros a ceder aos proprietários, para onde se prevê a marcação de muros que concedam aos arruamentos um carácter mais linear e urbano. A área de intervenção é delimitada pela Rua do Convento, pela Rua Professor José Francisco Figueiredo e pela Rua C (Rua contígua ao Quartel da GNR), ocupando uma área com cerca de 6100m2.
Linhas gerais da proposta
A proposta mantém o desenho existente, excepto em casos onde se prevê a implantação de lugares de estacionamento e de reestruturação do espaço rodoviário, sobretudo em dois cruzamentos. A maioria dos lancis mantém-se; os passeios terão no mínimo 0,90 metros de largura em extensões inferiores a 7 metros, na zona dos muros a construir em zonas contíguas aos estacionamentos a largura mínima dos passeios será de 1,50 m.
Será definida uma linha a partir da qual se fará a conversão do espaço público em logradouro privado, através de uma alteração do loteamento.
Os muros contíguos ao arruamento serão construídos pela autarquia, enquanto que os muros divisórios dos logradouros serão da responsabilidade dos proprietários.
O projecto prevê manter as árvores de arruamento existentes.
Serão criados 25 lugares de estacionamento ao longo da Rua C e no espaço traseiro aos fogos deste arruamento. Na parte traseira da rua C, onde se faz a circulação pedonal e acessos a algumas garagens prevê-se a criação de lugares de estacionamento. Toda esta área será pavimentada em asfalto betuminoso.
O projecto propõe a criação de duas zonas de jogos tradicionais na zona em frente ao quartel da GNR. Nesta zona, reservada à estadia e lazer, serão instalados alguns bancos.
Fonte: Município de Nisa - 2/8/2009
POR ONDE ANDA O "PROJECTO" DA CEVADEIRA?
A informação acima publicada é de Agosto de 2009, ou seja, tornada pública a dois meses das eleições autárquicas, que deram a vitória à CDU, a força política maioritária no executivo municipal de Nisa, o mesmo que, dois meses antes "avançara" com carácter de urgência para o "Projecto da Cevadeira"
Mais de quatro anos depois é pertinente perguntar: que foi feito do "Projecto" da Cevadeira? Que obras ou acções concretas foram desencadeadas e concretizadas? As respostas são simples e estão ao alcance de um simples olhar para aquela zona residencial de Nisa. Nada foi feito. Tudo continua como dantes, arregimentados os votos necessários para a conquista do poder. Não houve tempo, sequer, nem vontade, para concretizar uma deliberação camarária que mandava atribuir nomes aos arruamentos da Cevadeira e Amoreiras.
Os moradores continuam à espera da tão propalada requalificação urbanística, prometida com carácter de urgência. Já lá vão quatro anos...
Até quando continuarão a esperar?
Mário Mendes

sexta-feira, 14 de março de 2014

PONTÁ BITÉFES - ADN: Baralhar e dar de novo

A denominada ADN – Associação de Desenvolvimento de Nisa – assinalou no dia 23 de Maio, cinco anos de existência.
Constituída tendo como objectivo principal, substituir a ADIP, entidade proprietária e gestora da Etaproni – Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Nisa, a sua ainda curta existência tem dado azo a constantes equívocos e manifestações de desconfiança, quer quanto à natureza dos seus fins específicos, quer, sobretudo, quanto ao relacionamento que mantém com a Câmara Municipal de Nisa, entidade que preside à direcção da ADN e que por força dos estatutos detém uma posição leonina no seio da associação, de onde sobressai o direito de veto.
Ora, essa posição privilegiada obrigaria, como é de lei, por um lado, a que a representante da edilidade e presidente da direcção da ADN levasse a reunião de Câmara para análise e resolução, todos os assuntos de importância relacionados com a ADN e, por outro, fosse a fiel depositária e transmissora das deliberações do executivo relativas àquela associação.
Sabemos que não tem sido assim e logo após a tomada de posse do actual executivo municipal, a recondução do director executivo da ADN, após ter posto o lugar à disposição, foi sancionada com o voto favorável da representante do município sem que a vereação tenha tomado conhecimento e deliberado sobre o assunto. Dito de outra forma, a presidente da Câmara não representou a edilidade, como lhe era, rigorosamente, exigido, mas a si própria.
A discussão sobre a posição da Câmara no contexto dos estatutos da ADN levou a que os mesmos fossem revistos e aprovados, em Março de 2010, desta vez sem a presença da presidente da Câmara e uma vez mais, sem o conhecimento, análise e deliberação do executivo camarário.
Face ao exposto, é, no mínimo, estranho, que o boletim camarário editado pela associação, venha perguntar, em artigo do seu director executivo, “porque será que querem destruir a ADN?”
O título do artigo, consubstanciado na pergunta, dá as respostas, onde não faltam as insinuações sobre o perfil e a falta de legitimidade dos eleitos do PS e do PSD na Câmara de Nisa, apostados, segundo o articulista, em exercer “ uma influência absolutamente negativa e a semear ódios e vinganças”, mantendo “atitudes de terra queimada” que sirva os “interesses pessoais imediatos e políticos de médio prazo”, não especificando quais são uns e outros.
O que salta à vista desarmada é que os “interesses pessoais e imediatos” de quem assina o texto são postos em causa, não por que alguém queira, de facto, “destruir a ADN”, mas tão só porque o concelho de Nisa será muito melhor com uma ADN forte, clara, transparente e, sobretudo, independente, onde as relações institucionais não sejam nebulosas e se saiba, exactamente, onde começa a Associação de Desenvolvimento e acaba a promiscuidade com a autarquia e outros apêndices.
E cabe dizer que não são só os eleitos portadores de “uma imprecisa e discutível legitimidade política” que pensam assim, pois a Assembleia Municipal em sessão realizada no dia 28 de Dezembro de 2009, aprovou, por maioria, com 14 votos a favor, 6 votos contra e 2 abstenções, a constituição de uma comissão destinada ao estudo e análise da problemática relacionada com a transição da ETAPRONI-Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Nisa, para a ADN-Associação de Desenvolvimento de Nisa, comissão que foi formada por um eleito de cada força política (PS, CDU e PSD) e que até ao momento ainda não reuniu, não obstante se propor a apresentar resultados até à sessão de 30 de Abril de 2010.
Em causa e de acordo com o que foi afirmado nessa reunião da AM estarão as dúvidas quanto ao processo de transição da Etaproni para a ADN e também o afastamento de Manuel José Belo das funções de director que exercia na Etaproni.
Há, portanto, problemas a carecerem de solução e dúvidas a precisarem ser resolvidas. Uma destas é a que se refere ao passivo da Etaproni (300 mil euros) e que são a “moeda corrente” sempre que se fala na passagem da Escola para a ADN.
A Câmara terá assumido o passivo e aprovado a transferência de verbas para a ADN visando a liquidação gradual do mesmo. No entanto e basta ver o teor das últimas reuniões da autarquia, a aplicação dessas verbas não terão tido o destino para que foram aprovadas e os avalistas (fiadores) da Etaproni têm sido confrontados com a intimação por parte da entidade bancária para que procedam ao pagamento das importâncias em dívida.
São estas e não outras, as principais questões que se levantam sobre a ADN.
E não se pode exterminá-lo?
A Etaproni -Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Nisa, integrada na rede de escolas profissionais, foi criada ao abrigo do D. L. nº 26/89 de 21 de Janeiro, estando prestes a completar 20 anos de existência.
Os primeiros anos de vida desta escola profissional em Nisa deixaram muito a desejar. Indefinições quanto ao projecto e oferta educativas, a falta de uma orientação clara e rigorosa, instalações pouco adequadas, traduziram-se no definhar progressivo de um projecto que se apresentara como aliciante e inovador.
A ameaça de encerramento chegou a pairar sobre a Escola, até ao momento em que a direcção da mesma passou a ter na sua liderança Manuel José Videira Belo.
Contando com uma equipa arrojada, dinâmica e empreendedora, a situação da escola, aos poucos, foi-se invertendo, num sentido mais positivo, ao ponto de ganhar projecção nacional e integrar a direcção da ANESPO (Associação Nacional das Escolas Profissionais). Com uma população escolar vinda, sobretudo, do exterior do concelho, à Etaproni faltavam condições básicas, tais como refeitório e alojamentos para que pudesse atrair novos alunos e alargar a oferta formativa.
Este problema arrastou-se durante vários anos, com promessas por parte da autarquia de resolver os problemas mencionados, até que, num acto de desespero, a ADIP terá ameaçado transferir a Etaproni para Portalegre.
Foi este cenário, improvável de materializar, que levou a um braço de ferro com a Câmara e que esteve na origem da constituição da ADN.
A Etaproni passou a integrar esta associação, Manuel Belo demitido das suas funções, “apunhalado” e “proscrito” por alguns daqueles a quem dera a mão e apoiara.
O trabalho desenvolvido em prol da recuperação e projecção da imagem da Etaproni que tão bons frutos deu, foi, rapidamente, postergado para o sótão das inutilidades. O que vem a lume, em todas as reuniões é o “passivo que alguém deixou”, como se passivos e passividade não fossem o pão nosso de cada dia das organizações subsídio-dependentes da senhora Câmara, algumas das quais estão agora na “praça pública”.
O resto da história já todos conhecem. Convém lembrar que este desfecho aconteceu, sem que tivesse sido necessário “semear ódios nem vinganças”, sem haver “terra queimada”, tudo foi feito a pensar no “bem da Nação” e no interesse da “corporação” que domina o concelho de Nisa.

Amén!
Mário Mendes - 10/6/2010

COMUNICADO: Vereadores do PS e PSD sobre a situação das Termas de Nisa


Comunicado divulgado em 8/6/2010