quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

NISA: Sem respeito por monumento


"Guarda de honra" no cruzeiro de Santiago
É, mais um, extraordinário exemplar do nosso património construído, situado em Nisa-a-Velha, junto às ruínas da Igreja de Santiago.
O cruzeiro, magnífico, ergue-se, junto à estrada que conduz à Senhora da Graça e à freguesia de S. Simão. Há tempos, abriram-lhe valas mesmo junto á base, que obrigaram a obras para "disfarçar" tamanho arranjo. Não bastavam, também, as ervas que crescem à volta do monumento - a indiciar alguma incúria e falta de atenção para o mesmo - e eis que, qual nova guarda de honra ao monumento, alguém, sem ponta de sensibilidade, resolve "plantar-lhe", sem mais nem menos, duas placas identificativas de zona de reserva de caça (zona de caça associativa). Será que, quem dirige estas associações não têm uma pontinha de respeito e sensibilidade pelo património? Fará assim tanta diferença, as placas serem colocadas, três ou quatro metros, fora do limite do monumento e não, como acontece, confundirem-se com este? Os técnicos da Direcção Geral que tutela os recursos cinegéticos não terão, também, um pouco de bom senso para evitar que se cometam estes atentados ao nosso património colectivo?
A Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Graça e a Câmara de Nisa, o que esperam para resolver esta situação? O Cruzeiro de Santiago já ali está há algumas centenas de anos. Mais respeito, caramba!
Mário Mendes

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

À Descoberta do Património de Nisa


Junto ao Calvário: Agressões sem punição
Uma qualquer criatura, sentindo-se agredida, pode sempre recorrer aos tribunais clamando justiça, mas, o Património...? Quem o protege? Quem tem esse dever? Nós sabemos. Um exemplo: o Calvário de Nisa.
Monumento do século XVIII, vai aos poucos, como é visível cada vez mais, sendo “agredido” por quem consente que ao dito imóvel religioso, se “colem”, quais ornatos de pendurar ao pescoço, todo o tipo de corpos estranhos, quais sugas que em nada o dignificam, bem pelo contrário.
O Município de Nisa deve olhar e preocupar-se com estas situações, além do mais tem gente eleita com a incumbência de zelar por estas coisas da Cultura e do Património.
É vê-los por lá, os “intrusos”, na forma de placas informativas sobre o trânsito, os destinos das vias, os equipamentos públicos, as voltinhas a cumprir naquela excêntrica rotunda, já causadora de alguns acidentes, os armários da EDP, a boca de incêndios, o candeeiro, a tubagem de ferro trepando pelo edifício, por onde descem cabos eléctricos, a papeleira, etc.
Como se tudo isso não fosse pouco, fruto da tal rotunda, que um dia será “requalificada”, existe toda uma panóplia de sinais de trânsito, que se repetem e teimam intrometer-se na fotografia do turista ou no horizonte visual dos visitantes.
Ali plantados, espreitando, são cerca de duas dezenas os “agressores”, a precisar que quem superintende neste pelouro, mande lá a “polícia” e os afaste para longe.
Ganharia Nisa e principalmente aquele valioso monumento histórico.
Claro que há um tempo para tudo, certamente também haverá para emendar os erros praticados, ganharemos todos e também aquele edifício do século XVIII, o Calvário de Nisa.
Na “Monografia da Notável Vila de Nisa”, o autor, prof. José Francisco Figueiredo, nas páginas 82 e 83, ilustrada com fotografia de há 60 anos, escreve:
“Devido à sua situação, a singular capela atrai a atenção de quantos passam por Nisa, e muito mais se destacaria a sua elegância, se – como antigamente – se mantivesse isolada ou a libertassem das construções que, inestética e injuriosamente, lhe arrimaram”.
Das inestéticas construções se libertou o monumento, mas “injuriosamente” foram-lhe impingidas coisas bem piores: aqueles agressores que tanto o incomodam, ao Calvário, excepção para a placa que nos informa sobre a sua antiguidade e que lá deve manter-se.
João Francisco Lopes - 26/7/2009

NISA: Esgotos da Fonte da Pipa despejados no Figueiró


 Esgotos da Fonte da Pipa são despejados no Figueiró
A estação elevatória raramente funciona
Um problema ambiental que urge resolver e sobre o qual temos alertado diversas entidades, desde há anos, é o da falta de tratamento dos esgotos da zona da Fonte da Pipa, em Nisa.
Aquando da construção da ETAR e dado o desnível da rede de esgotos numa das zonas residenciais, foi instalado um equipamento destinado a elevar as águas residuais, encaminhando-as para a ETAR.
O equipamento, periodicamente, está inoperacional. Umas vezes, está, de facto, avariado. Outras vezes, a suposta “avaria” interessa à entidade gestora da ETAR, que, contrariamente ao anunciado durante a inauguração, não tem a capacidade suficiente de tratamento de águas residuais para a vila de Nisa.
E o que acontece está à vista de todos: o esgoto da parte baixa da vila (zona da Fonte da Pipa) é “encaminhado” directamente e sem qualquer tratamento para a Ribeira do Figueiró, com todos os prejuízos que daí advêm para o ambiente, a saúde pública e para alguns agricultores, que têm de suportar os maus cheiros, a passagem do esgoto pelos seus terrenos e ainda a contaminação de poços e linhas de água.
Custa a crer que um problema tão antigo e tão sensível do ponto de vista ambiental, não tenha ainda sido resolvido por quem, em primeira instância, o devia resolver.
A saúde está primeiro e como não bebemos água do Vimeiro, deixamos o alerta para que a situação seja resolvida e que um dos cursos de água mais “emblemáticos” do concelho de Nisa, como é o Figueiró, tenha, de facto, um caudal mínimo de água e não de esgoto.
Para isso existem as estações de tratamento de águas residuais.
Se não cumprem a sua função, alguém deve ser responsabilizado.
Mário Mendes in "O Distrito de Portalegre" - 26/11/09

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

NISA: Degradação e abandono do Centro Histórico


 Telhado de antigo forno está neste "estado"
 A casa foi mesmo "abaixo" apesar dos alertas
Nesta "casa" morava um ser humano
As fotos são elucidativas do estado de degradação e abandono a que chegou o Centro Histórico de Nisa.
A foto identificada com o nº1, mostra o antigo forno, sobre o qual no Jornal de Nisa fizemos inúmeros alertas acerca do risco de ruir e de se perder a centenária chaminé, e um acervo patrimonial de grande valor afectivo.
A denúncia e insistência deram resultado e a Câmara, há uns meses atrás, tomou a decisão que se impunha: adquirir o imóvel.
Mas para tal, falta “pôr o preto no branco”, isto é, pagar ao proprietário e regularizar a situação do prédio em termos de propriedade, isto enquanto ainda for tempo de impedir que a derrocada se dê.
As fotos 2 e 3 são de dois prédios vizinhos, na antiga Rua das Adegas (Rua de O Século) e retratam duas situações que deviam envergonhar qualquer membro do executivo camarário. Com uma agravante, na “casa” assinalada com o nº 3, um autêntico tugúrio, “vive” desde há anos, um ser humano, doente mental, situação que a autarquia conhece e sobre a qual pouco ou nada tem feito.
Há 3 anos numa reportagem no “Jornal de Nisa” (ah, pois é, não fechávamos os olhos, como gostaria a Câmara e Junta de Freguesia, a estas situações) titulámos: “Um dia as casas vêm abaixo”. Numa delas, a derrocada do telhado e de parede de prédio vizinho, concretizou-se. Na outra, onde “vive” António José Semedo Lopes, os rombos no telhado são também mais do que visíveis e dão uma ideia de como será possível um ser humano, “dormir” debaixo de um tal “tecto” e sob uma ameaça tão aterradora.
As entidades locais e regionais, desde a Câmara, que conhece a situação e tem assistentes sociais para resolver outros problemas bem menos gritantes e dramáticos, à Sub-Delegação de Saúde e Segurança Social têm obrigação de resolver quanto antes este problema que requer urgência.
O alerta e denúncia não irão parar por aqui, enquanto a situação não for resolvida. Alguém tem que assumir as responsabilidades e resolver, de vez, um caso social e humano.
Para isso foram eleitos ou nomeados como dirigentes nas extensões regionais do Estado.
Mário Mendes
Notícia de 2/7/2009

sábado, 24 de novembro de 2012

OPINIÃO: Que é feito da Bienal da Pedra?


Alpalhão é terra de granitos, enchidos e gente laboriosa. Gente que outrora viveu da agricultura e tem um verdadeiro orgulho das suas tradições.
Os granitos deram nome e proveito a Alpalhão e ao concelho de Nisa. Uma riqueza que jazia adormecida no ventre da terra e hoje é reconhecida em todo o mundo, seja através da pedra transformada em calçada de arruamentos e avenidas, em edifícios ou em memoriais como o das Vítimas do Challenger, nos EUA.
A importância dos granitos de Alpalhão galgou fronteiras e trouxe até nós artistas, “escultores da pedra” que em iniciativas como a Bienal, “plantaram”, nesta vila e arredores, um autêntico museu dos granitos ao ar livre. Não há terra no Alentejo e no país, com tantas e belas esculturas em granito como em Alpalhão.
Por isso, urge perguntar: que é feito da Bienal da Pedra? Um e outro ano adiada, remetida para o sótão das “coisas inúteis”, enquanto se gastam milhares de euros em “valquírias” e outras obras faraónicas, sem uma explicação razoável, quer aos autarcas da freguesia, quer à própria população.
A Bienal da Pedra deixou de fazer sentido ou de entrar nas preocupações de quem gere o Município? Não há dinheiro para esta iniciativa? Alpalhão deixou de integrar o concelho?
Os alpalhanenses merecem uma resposta. Concisa e clara.
Se não há verbas para a Bienal, faça-se uma Trienal!
Deixar morrer, sem apelo nem agravo, nem sequer uma simples explicação, um tão belo exemplo da “arte ao vivo”, é que não me parece correcto.
Que é feito da Bienal da Pedra? Alguém ouve? Alguém responde? Quem?
Mário Mendes in "O Distrito de Portalegre" - 29/10/09

OPINIÃO: Nisa está enferma!


Albergaria do Fratel: Monumento à incúria e ao abandono
Desleixo e abandono numa obra suportada pelo erário público
Já há longos anos, foi-me apresentada uma pessoa (por acaso, bastante culta e com obra literária feita) que de imediato me perguntou qual era a minha terra natal.
Respondi-lhe que era natural de Nisa. A pessoa em questão, teceu rasgados elogios à beleza da nossa Terra, principalmente ao Jardim e Fontanário, então existentes.
Palavras, estas, que me encheram de orgulho de ser natural de uma Terra que no entender da referida pessoa era um jardim.
Anos volvidos, a mesma pessoa, por certo, diria que a Praça da República mais não é do que uma eira que serviria para fazer as célebres debulhas e malhas de cereais.
A título de desabafo, de certeza comungado pela maioria, a minha Terra está diferente mas, infelizmente, para pior (talvez pelas obras de Stª Engrácia).
Outros exemplos, quiçá, provenientes do cansaço ou inoperância, podem ser referidos.
Só dois exemplos chegam para corroborar o que atrás refiro, com tristeza:
A Rua Júlio Basso, nos meus tempos de jovem era, por assim dizer, o coração da Vila, com os seus comércios, etc. (podíamos até chamar-lhe a Rua do Comércio).
Hoje, o que é?
Um exemplo singular de mau gosto, embelezada com vasos ferrugentos (quais potes de noite, em ponto grande), os postes de electricidade quase no meio da rua, dificultando a passagem dos peões motivado por um trânsito caótico, ali instalado.
Será que quem deve, por obrigação, verificar, não utiliza a Rua, quiçá pelos motivos referidos?
Acrescento, por agora, mais uma aberração com contornos de muita responsabilidade, legal, moral e, não só: a célebre albergaria do Tejo.
Sobre isto, até me custa falar (estamos em 2009), pois nunca tive conhecimento, em parte alguma, do desleixo a que um edifício como este chegou. Pobre País, Pobre Concelho.
Gostava de saber, e estou convencido que também todos os Nisenses, a quem será imputável a responsabilidade, quiçá criminal, do descalabro praticado com a indiferença a que “aquilo” chegou.
Na verdade, Nisa sofre de anemia aguda, que urge debelar.
Faço votos para que Nisa, torne a ser, o tal jardim que já foi.
Por hoje chega, pois muito há que lamentar.
Delfino Bento Amaro – in A Voz dos Leitores - “Nisa Viva” nº 16 - Maio 2009


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

NISA: Assembleia Municipal quer apurar responsabilidades no abandono do Complexo Turístico do Fratel



 Moção
"Na sequência da visita programada a algumas infraestruturas recentes do Concelho, na Sessão Ordinária de junho de 2012 da Assembleia Municipal, os membros signatários deste documento, vêm assim, por este meio, denunciar uma grave falha na gestão e proteção da infraestrutura "Complexo turístico do Fratel (albergaria) e infraestruturas de apoio e complexo turístico do rio Tejo".
A visita foi acompanhada pelo técnico da Câmara Municipal de Nisa (CMN), Eng. António Charneco, que forneceu alguns esclarecimentos pontuais, quando solicitado, e ao qual se agradece a disponibilidade e profissionalismo, durante a visita.
As obras visitadas representam, cada uma, um volume significativo de investimento. Dinheiro público que urge acautelar. Contudo, não é o caso da obra Complexo turístico do Fratel (albergaria) e infraestruturas de apoio e complexo turístico do rio Tejo, onde ocorreram atos de selvajaria e de roubo que desfiguraram aquele complexo.
A obra "Complexo turístico do Fratel (albergaria) e infraestruturas de apoio e complexo turístico do rio Tejo" constitui um cancro no concelho de Nisa. A recuperação do complexo deve constituir um objectivo prioritário da Câmara Municipal de Nisa, naturalmente, tendo em conta a sustentabilidade económica do mesmo.
Com certeza que esta infraestrutura e respetivo recheio, só se encontra neste lamentável estado de completa destruição e saque, por completo descuido dos responsáveis pela mesma. O abandono deste investimento, suportado por dinheiros públicos e geridos de forma tão descuidada pela autarquia, deve ser alvo de investigação e inquérito, a fim de tentar identificar presumíveis responsáveis por tamanha irresponsabilidade e leviandade de quem tem no uso do poder, a responsabilidade de acautelar o património público de todos os cidadãos deste concelho.
Temos o direito de ficar a saber todas as razões que levaram a tamanho descuido, qual o destino do vasto e valioso recheio e que tipo de gente poderia ter levado a este descalabro do edifício. Recordamos, que sendo este, um Concelho de interior e de características rurais, com inúmeros edifícios particulares, também eles isolados e desabitados, os mesmos não se encontram em semelhante estado de "conservação", pois este, não é um Concelho com índices de criminalidade, por enquanto, dos mais preocupantes do país.
Desta forma, há que denunciar esta barbárie às autoridades responsáveis, para que se possam apurar os factos e desvendar os motivos que levaram esta infraestrutura ao seu estado atual.
Crentes que esta iniciativa traga alguma luz a este assunto, que para alguns se pretende cair no esquecimento, os membros signatários, pretendem que o mesmo não caia no esquecimento, mas sim, que seja alvo de atenções prementes e redobradas, com o fim de desbloquear esta triste situação.
Que este documento tenha como pretensão seguir como elemento de denúncia para as autoridades competentes."
Nisa, 24 de setembro de 2012
Os Membros da Assembleia Municipal:

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

OPINIÃO: O Leitor dá Cartas

NOVAS AMBULÂNCIAS EM NISA
Como comprovam as fotos, parece que temos 2 novas ambulâncias em Nisa.
Claro que não, pois o que vemos nas mesmas (apesar de estarem providos de 4 rodas e se encontrarem " parqueadas" em local destinado a 1 ambulância), não servem para tal.
Mas pergunto: - Para que serve colocar 1 placa informativa de parque, destinado ao parqueamento de um transporte para doentes e com horário pré definido, se este ali não pode parquear; afim de receber ou deixar pacientes?
Mais de 2 meses após a colocação da mesma, a C.M. de Nisa, ainda não retirou os contentores do local. Já agora informo os condutores desta minha/nossa Vila de Nisa, que, se ali estacionarem os seus veículos, cometem infracção ao Código da Estrada (art.º 50º, nº 1 al. f)), com coima de 60 a 300 euros. Um abraço a todos.
F.M.
NOTA - Esta carta de um leitor publicada no "Jornal de Nisa" em Outubro de 2007, continua sem ter resposta: nem no plano da mera "justificação" institucional, nem tão pouco no plano prático.
Verificada a anormalidade da situação competiria à Câmara - se fosse pessoa de bem - repôr a ordem e erradicar, de vez, o problema. Mas, reconhecer que alguém, através do jornal, tinha razão...
Tá quieto, maluco!
MM
 

domingo, 15 de julho de 2012

PATRIMÓNIO: Uma subscrição para o Menir do Patalou

Primeiro, não se sabia que eram os donos do terreno. Depois, os contactos eram difíceis e complexos, do tamanho da montanha erguida pelos burocratas da Praça do Pelourinho. Por iniciativa privada, vieram os proprietários, derrubaram-se as barreiras, desimpediram-se os burocráticos argumentos e pensou-se: É desta!
Qual quê. A maioria camarária que enxameia os discursos de “cultura” e de “património” diz não ter, agora, dinheiro para levantar o Menir, como se a tarefa ficasse tão dispendiosa como uma visita das “tias”.
O Patalou fica lá para “cascos-de-rolha” e uma pedra, mesmo gigante, está muito melhor deitada, dormindo a sono solto, tal como está há milhares de anos. Por que é que querem, afinal, levantar a pedra? Não estará melhor no sítio onde está? Sossegada e sem chatear ninguém? Já viram o investimento que temos de fazer nas Termas, ou na Zona Industrial? Não repararam, ainda, nos postos de trabalho que temos criado? E no combate à desertificação do concelho?
Uma pedra... Ainda se fosse um edifício de dez andares, uma rotunda, ou um monumento aos emigrantes...
Deixem-se disso e pensem mas é no progresso do concelho!
in "Jornal de Nisa" - 241 - 17/10/2007
CINCO ANOS A "MARCAR PASSO"
Nada mudou, cinco anos após a publicação deste artigo. A Câmara não mexeu uma palha, ninguém se levantou da cadeira e procurou saber como resolver, finalmente, uma situação simples e de resolução fácil.
Faltará dinheiro? Vontade? Interesse? O menir não acrescenta nada ao património concelhio? A autarquia tem mais que fazer do que preocupar-se com um "calhau"?
A de Castelo de Vide pensou de modo diferente e investiu na recuperação do menir da Meada. Criou mais valias para a freguesia de Póvoa e Meadas, mais visitantes, um novo foco de interesse.
Por aqui, pensa-se e age-se de maneira obtusa. Pouco interessa, o que a outros desperta interesse.
A Câmara julga-se dona e senhora da vontade colectiva. Tudo tem que passar pelo filtro dos "censores" municipais em todas as áreas. Iniciativa de fora é vista de soslaio e com desconfiança.
Por isso, chegámos a este ponto...
"Nem uma agulha bulia / na quieta melancolia /dos pinheiros do caminho", escreveu o Augusto Gil.
O Menir há-de erguer-se um dia, não muito distante, nem que para tal tenha que fazer-se uma subscrição pública. Palavra de Óbelix!